quarta-feira, 25 de setembro de 2013

POLÊMICA - Após publicar foto na internet fisioculturista causa polêmica na internet : Grávidas podem levantar peso ??


Lea-An Ellison, 35 anos, foi taxada de irresponsável e respondeu: "As pessoas sempre vão falar negativamente sobre algo que elas não entendem". Educador físico recomenda suspender as atividades nos três primeiros meses da gestação, mas afirma que grávidas podem e devem treinar.


Na última terça-feira, a norte-americana Lea-An Ellison, 35 anos, publicou uma foto em seu perfil no Facebook que mostrava o instante em que ela se preparava para levantar uma barra de peso durante um treino de CrossFit. Em preto e branco, a mulher encara a câmera com expressão de naturalidade. Uma semana depois, mais de cem compartilhamentos na imagem e quase 1.200 comentários entre ofensas, incentivos e repreensões, a atleta que já participou de competições de fisiculturismo, criou uma Fan Page na rede social e publicou um álbum intitulado ‘As polêmicas fotos’ em que liberou várias imagens que mostram que - mesmo aos 8 meses de gravidez - ela não parou de treinar “pesado”. 

 Sim, todo o burburinho na internet – com repercussões em sites de vários países – é por que Lea-An carrega uma criança em sua barriga. Ela já é mãe de dois meninos, de 12 e 8 anos, e se apresenta como “Mãe de dois e um terceiro a caminho. Eu quero empoderar as mulheres a serem as melhores versões de si mesmas”. Em uma entrevista ao site Parentdish, ela se defendeu das críticas: “As pessoas sempre vão falar negativamente sobre algo que elas não entendem”. A atleta ainda lembrou que os Estados Unidos vivem uma epidemia de obesidade e que as pessoas precisam adotar um estilo de vida saudável que, para ela, já começa no útero. 

Educador Físico e coordenador da Academia Malhação Belvedere, em Belo Horizonte, Henrique Castro afirma que as grávidas podem e devem malhar. No entanto, faz uma distinção entre as mulheres que já são treinadas e aquelas que, ao descobrir a gestação, resolvem correr atrás do prejuízo. “O ideal é se preparar antes”, afirma. Independentemente disso, a recomendação padrão é que, nos três primeiros meses, as atividades sejam interrompidas ou não sejam iniciadas. “Para as mulheres que já são treinadas, as restrições são bem menores. Quem nunca treinou terá, sim, várias limitações como a questão da carga, postural e exercícios para o abdômen. Até a pessoa criar a consciência corporal, o abdominal é um exercício para se evitar”, pondera. 

Sobre o caso de Lea-An Ellison, o especialista relembra a história da jogadora profissional de basquete que treinou e competiu normalmente durante a gravidez porque não sabia que esperava uma criança. “Mesmo sendo uma pessoa extremamente treinada, ela passou pelo risco de perder o bebê ou de ter uma complicação durante a gravidez”, aponta. 

Sílvia Cristina tinha 23 anos em 2005 e disputava a final dos Jogos Abertos do Interior pelo São Caetano. Dois dias depois, procurou os médicos do clube porque não estava se sentindo bem. Após exame, teve um 'caroço' encontrado na barriga. Assustada, recorreu a um médico conhecido e, para seu espanto, o 'caroço' era um bebê. A jogadora fazia uso regular de anticoncepcional ininterruptamente e não menstruava. Três dias após a descoberta, nasceu, com sete meses, o filho da atleta. 

Para Henrique Castro, o recomendado, mesmo para aquelas que são atletas, é fazer o acompanhamento médico e seguir as orientações do profissional. “Não se pode criticar essa mulher. Às vezes, a gente vê uma pessoa malhando e acha que ela está pegando um peso absurdo. Mas pelo tipo de treinamento dela, não é”, explica

Henrique Castro diz que uma situação comum de academia - e que ele considera perigoso -, é a aluna que nunca malhou, tentar reproduzir treinamento de artistas ou celebridades grávidas. E alerta: “o que serve para um não serve para outro”.

Apesar da polêmica, Lea-Ann diz que não está preocupado com as críticas: “Minha vida não é sua vida, graças a Deus”.

Matéria publicada em portal Correio Web

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SAIBA MAIS - Carboidratos e Gorduras Combustíveis na pratica de atividade física.

Durante a atividade física, músculos utilizam a energia química dos nutrientes para produzir energia mecânica ou trabalho, e esse processo bioquímico é considerado de grande complexidade por ter vários fatores de natureza enzimática e hormonal. 

Os carboidratos e as gorduras são as principais fontes de energia durante o exercício físico. O corpo automaticamente busca mesclar esses dois nutrientes para a “queima” metabólica com oxigênio. Nos exercícios de menor intensidade, quando a demanda de energia é menos significativa, a gordura predomina como combustível. Porém, com o aumento da intensidade, como no caso do exercício moderado, a mistura se equilibra entre gordura e carboidratos. Nos exercícios intensos, o carboidrato predomina como fonte de energia e, caso a intensidade se torne muito elevada, pode se tornar o único combustível do exercício.

O que explica esta mudança realizada pelos músculos são os mecanismos reguladores. Quando o exercício é leve, o prognóstico é que possa ter longa duração, fazendo com que os músculos utilizem as fontes de energia que se acumulam em maior quantidade, ou seja, as gorduras. O metabolismo das gorduras é mais lento, entretanto, como a demanda de energia é menor, não existe necessidade de uma mobilização mais rápida. Na medida em que a intensidade de energia vai aumentando, na transição do exercício leve para o moderado e deste para o exercício intenso, os músculos vão desviando o combustível para o carboidrato, que tem um metabolismo mais rápido, porém apresenta reservas limitadas. Este é um dos fatores que limita a duração do exercício intenso. Um dos efeitos do treinamento é a progressiva adaptação metabólica dos músculos, aumentando a utilização das gorduras e preservando os estoques de carboidratos. Esta adaptação possibilita aumentar a tolerância as atividades de longa duração e melhora do desempenho. Além disso, também proporciona benefícios para atletas que buscam redução de gordura corporal em programas de exercícios para perda de peso.

  1. Por Jornalismo Portal EF

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SAIBA MAIS - Proteína e suas melhores combinações para o ganho de massa muscular.

Crescimento muscular é maior com combinação proteica, segundo estudo científico.  

Como toda máquina, nosso corpo precisa do combustível adequado para funcionar corretamente. Quanto maior a potência, mais específica deve ser a fonte de energia para que os benefícios sejam sentidos. No caso de quem procura aumentar a massa muscular, a nutrição deve ser encarada como uma aliada da prática esportiva, já que é essencial para a melhora da performance e para alcançar os objetivos. 

Quem busca a hipertrofia, por exemplo, deve investir no consumo proteico, porque, segundo o nutricionista Fauler Tramontina, de Londrina (PR), “a proteína fornece aminoácidos que dão estrutura aos tecidos e aceleram todas as reações químicas, favorecendo o desempenho muscular. Sem as  proteínas, que fazem a construção tecidual, será praticamente impossível conquistar a hipertrofia”.

Diversos estudos comprovam que as proteínas são ótimas para hipertrofia, e pesquisas recentes apontam que a combinação de proteínas abre uma “janela de oportunidades” otimizando a recuperação muscular e o anabolismo.

Janela aberta


O consumo das proteínas logo após a prática da atividade física é o que se chama de “janela de oportunidades” ou “teoria de janelas absortivas”, uma teoria que sugere que, no momento exato em que o treino de força acaba, é preciso fazer uma refeição composta por proteínas em um tempo que varia de 45 minutos a 1 hora após o exercício, para melhorar a síntese muscular.

“Se o consumo proteico não for realizado neste período, dificilmente o indivíduo terá ganho de massa muscular”, explica Caroline Trevisan D’Oliveira, nutricionista especialista em clínica e terapêutica nutricional, suplementação esportiva, obesidade e emagrecimento.

A hora certa


Seguindo a teoria da janela absortiva, Tramontina explica que no pós-treino, momento em que a síntese proteica está  alta, o melhor é consumir uma proteína de rápida absorção. 

Para o pré-treino ou nas refeições que antecedam a malhação, Tramontina indica o pool de aminoácidos, desde os mais rápidos até os mais lentos, como uma boa opção de consumo para poder disponibilizar o nutriente ao organismo. “Em refeições intermediárias ou até mesmo antes de dormir, a combinação de proteínas é perfeita, mas pós-treino, que demanda uma absorção mais rápida, aí é o momento em que as proteínas de rápida absorção, como a Whey Protein, têm de entrar em cena”, explica.

Mas como reconhecer a rapidez de absorção das proteínas? Fauler Tramontina passa a “cola” com alguns exemplos:

- as absortivas lentas: caseína e proteína da carne;
- as absortiva intermediárias: proteína isolada de soja, albumina; 
- as absortiva rápidas: Whey Protein isolada, concentrada e hidrolisada.

A combinação de proteínas favorece a recuperação muscular prolongada e a consequente hipertrofia, mas o blend de proteínas deve, segundo Caroline, ser personalizado e, de forma geral, conter “carboidrato de rápida absorção e alto índice glicêmico e proteína de rápida absorção (BCAA ou glutamina). Pode-se também fazer a associação de proteínas com absorção mais lenta, como a caseína, e de absorção intermediária como a proteína de soja visando prolongar a disponibilidade dos aminoácidos”.

“A proteína de soja possui grandes quantidades de aminoácidos como arginina, glutamina e BCAAs (isoleucina, leucina e valina) que são aminoácidos anabólicos além de ser rica em antioxidantes como as isoflavonas”, diz Caroline. Os antioxidantes, inclusive, são sempre benéficos para os praticantes de atividade física, já que neutralizam os radicais livres produzidos pelos exercícios. Estes, por sua vez, podem trazer doenças cardiovasculares, lesões musculares, fadiga, envelhecimento e até alguns tipos de câncer! “Precisamos ter um balanço entre todos os micronutrientes, incluindo sempre as vitaminas C e E, que contribuem para a retirada de alguns hormônios ruins, como o cortisol, promovendo uma certa ‘faxina’ no corpo”, destaca Fauler Tramontina.

“A alimentação ou suplementação pós-treino deve ser feita para sinalizar ao organismo que o treino acabou e que a proteólise deve ser interrompida, assim como a liberação de cortisol, adrenalina e glucanon, hormônios que diminuem o processo anabólico”, destaca Caroline, “o importante é ajustar a alimentação ou suplementação visando estimular a liberação de insulina para que este hormônio (100% anabólico) diminua a proteólise e estimule a síntese muscular”.

Natural


Algumas pessoas adotam o vegetarianismo como parte do seu estilo de vida, outras restringem o consumo de proteínas de origem animal por questões culturais. Seja qual for a necessidade, a soja se torna uma boa substituta, por ser uma proteína completa e de alto valor biológico, além de ser rica em nutrientes e livre de gorduras saturadas e colesterol. Ao contrário da carne. “A proteína de soja é altamente digerível. Seu valor de digestibilidade varia de 95% a 98%, é bem maior que proteínas de origem animal.”, conta Tramontina.

A dose certa

Toda dieta deve ser prescrita de forma individualizada, já que cada pessoa tem uma necessidade que varia de acordo com o estado de saúde, a modalidade esportiva praticada, a frequência do exercício, idade, sexo etc. Caroline Trevisan destaca que, apesar de as necessidades proteicas serem personalizadas, há algumas recomendações pré-estabelecidas. “A International Society of Sports Nutrition (ISSN) publicou, em 2007, uma indicação padrão que estabelece, para exercícios de endurance, de 1g a 1,6 g/kg/dia; exercícios de força e potência, de 1,6 g a 2g/kg/dia; e exercícios mistos, de 1,4 g a 1,7g/kg/dia.”

No caso de dúvidas se o aporte proteico é suficiente para as necessidades diárias, um nutricionista deve ser sempre consultado.

Referências:
Reidy, PT, Walker, DK, Dickinson, JM, Gundermann, DM, Drummond, MJ, Timmerman, KL, Fry, CS, Borack, MS, Cope, MB,Mukherjea, R, Jennings, K, Volpi, E, Rasmussen, BB. Human Muscle Protein Synthesis Protein Blend Ingestion Following Resistance. Exercise Promotes. J Nutr, 2013

Por Jornalismo Portal EF 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

SAIBA MAIS - Goji Berry a frutinha que esta fazendo sucesso pelo seu alto valor nutricional.


Você já ouviu falar em goji berry? Essa frutinha originária da Ásia está fazendo muito sucesso por aqui pelos benefícios que ela proporciona à nossa saúde, ajudando na disposição, imunidade e até para o emagrecimento por conter uma série de substância que ajudam na queima da gordura.
A goji berry tem um tom avermelhado e, na sua versão desidratada, lembra muito as passas. Nos países asiáticos (como o Tibet, Mongólia e China), o alimento já é consumido há muito tempo por diversas gerações, que o usavam como garantia de vitalidade. Com o tempo, as pessoas passaram a utilizar a goji para tratar problemas de saúde comuns, como diabetes, pressão alta febre e problemas oculares relacionados à idade. E, pelo visto, eles tinham razão.
O alimento é muito rico em antioxidantes, que protegem as células dos radicais livres, além de conter altos níveis de vitamina C (uma xícara pequena de goji desidratada contém 50 vezes mais vitamina C do que uma laranja). Justamente por essa carga de vitamina C, é que ela ajuda no emagrecimento, pois, de acordo com um estudo da Universidade do Arizona, quando nosso corpo atinge um nível correto de vitamina C (entre 4,6 e 15 mg) ele passa a queimar gordura mais facilmente.
Outro estudo da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, mostrou que a goji berry também é rica em uma substância chamada zeaxantina, que faz parte da família dos carotenoides e ajuda a proteger a retina. O consumo da frutinha, que é considerada um superalimento, também ajuda a baixar o colesterol ruim (LDL) e a reduzir a pressão arterial naturalmente.
A versão fresca da fruta - Crédito: Shutterstock
A goji berry também é excelente para quem deseja turbinar a energia, sendo uma ótima opção para o lanchinho de atletas ou de quem malha bastante, sendo ainda ótima para a imunidade, para combater a insônia e a ansiedade. Além disso, a fruta ajuda o corpo a lidar eficazmente com o estresse emocional e físico, pois tem o poder de equilibrar as glândulas suprarrenais, que tendem ficar esgotadas quando o corpo está estressado.
Diversos estudos também mostraram que o consumo da goji berry é bom para:
  • Aumentar a libido: o consumo aumenta os níveis de testosterona, que estimula a libido em homens e mulheres. Além disso, melhorar a resistência geral, o humor e o bem-estar, os quais são vitais para uma vida sexual mais ativa;
  • Promover um efeito antienvelhecimento: o alto nível nutricional da goji — que contém também vitaminas A e do complexo B, aminoácidos e minerais (como o cálcio, o selênio e o potássio) — estimula a produção do hormônio de crescimento humano (GH) na hipófise e tem um efeito vital antienvelhecimento.
As goji berries podem ser consumidas in natura ou desidratadas (mais fácil de encontrar no Brasil), podendo ser usadas em chás, sucos e vitaminas. A fruta também pode ser adicionada em iogurte e saladas, sendo que uma colher de sopa contém apenas 50 calorias. Você pode encontrar a versão seca e em cápsulas nas lojas de produtos naturais e farmácias de manipulação.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

DICA DE NUTRIÇÃO - O que é que a MANDIOCA tem???

Barata, resistente, nutritiva e cheia de carboidratos especiais, ela foi eleita pela Organização das Nações Unidas o alimento do século 21. Conheça as vantagens dessa raiz que brota de norte a sul no Brasil. 

Na mesa do homem mais veloz do mundo não falta... mandioca. Ela é a principal fonte de energia do jamaicano Usain Bolt, segundo revelou seu pai durante as Olimpíadas de Pequim em 2008, após o filho bater o recorde mundial dos 100 metros rasos. E faz sentido: essa raiz tem dois tipos de carboidrato, a amilopectina e a amilose, que, juntos, liberam a glicose mais lentamente para o corpo. Isso facilita a digestão, evita picos de açúcar no sangue e dá gás de sobra para o dia a dia.

Mas não é preciso ser medalhista para tirar proveito do alimento que já foi batizado de a "rainha do Brasil". Tanto é que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vem endossando sua produção e seu consumo mundo afora. A entidade quer acabar com o status de "comida de pobre" e utilizá-la inclusive para combater a fome. "Infelizmente, a mandioca tem uma riqueza pouco conhecida", diz o engenheiro agrônomo Joselito Motta, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa.

Fonte de fibras e isenta de glúten — qualidade que a faz não pesar tanto na digestão —, a raiz carrega versatilidade no nome, nas condições de plantio e nas formas de preparo. Dependendo da região, é chamada de aipim, macaxeira, maniva, uaipi ou xagala. Não há tempo ou terra ruim pra ela. "A mandioca é um camelo vegetal", brinca Motta, fazendo referência ao fato de que a planta cresce em solos pobres e resiste a períodos de seca. À mesa, ela pode ser degustada cozida, frita, em purê e dá origem a tapioca, polvilho e farinha. Ah, a brasileirinha ainda é barata: custa em média 2 reais o quilo, 30% a menos que a batata.

Por falar na sua rival, a mandioca leva certas vantagens. "Ela possui maior quantidade de vitaminas A, B1, B2 e C", diz a nutricionista Maria Carolina von Atzingen, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Fazendo justiça, porém, precisamos avisar que a abundância em energia traz um efeito colateral: 100 gramas de mandioca têm quase três vezes mais calorias que a mesma porção de batata — são 160 calorias contra 58.

Só que isso não deve assustar quem se preocupa com o peso. "A composição de carboidratos da raiz faz com que ela prolongue a saciedade", conta Rafaella Allevato, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital San Paolo, na capital paulista. Não por menos, a mandioca costuma ter passe livre em dietas e é indicada a diabéticos. "Ao contrário de outras fontes de carboidrato, ela não gera picos de glicemia", diz Rafaella. Agora, note bem: justamente por ser um reduto desse nutriente, é prudente que ela não seja misturada nas refeições com outros depósitos de carboidrato, como arroz, macarrão...

Por ser livre de glúten, a mandioca é queridinha de outra parcela da população, os portadores de doença celíaca — estima-se que sejam 2 milhões só no Brasil. Graças a seus derivados como a farinha e o polvilho, os celíacos conseguem ampliar o limitado cardápio de quem não pode ingerir a proteína que dá as caras no trigo, por exemplo. Segundo Ana Vládia Bandeira Moreira, professora de nutrição da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, o tubérculo ainda ajudaria a conter episódios de diarreia nessa turma. Aliás, a raiz é uma boa pedida diante de diversos problemas que atrapalham o ganho de nutrientes. Tudo por causa daquele lento processo de absorção dos carboidratos, que dá ao organismo mais tempo para assimilar outros compostos. Na hora de cozinhar a mandioca, uma dica: adicione um fio de óleo na água. "Isso auxilia na retenção das vitaminas", garante Ana Vládia.

Apesar de estar presente há cerca de 7 mil anos na Amazônia, a mandioca só ficou mais nutritiva nas últimas décadas. A variedade que hoje está presente na mesa do brasileiro, branca na feira e amarelada após o cozimento, tem dez vezes mais vitamina A que a cultivada no tempo do descobrimento. Ela é resultado de um processo gradual de melhoramento genético, realizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e pela Embrapa, que cruzaram diferentes espécies até chegar a um tipo saudável e resistente a pragas. Agora, o IAC vai lançar uma nova variedade ainda mais vitaminada e rica em antioxidantes, substâncias que combatem o envelhecimento celular e reduzem o risco de doenças ligadas à idade, como o câncer. Segundo a pesquisadora do IAC Teresa Valle, a nova espécie terá 900 unidades internacionais (UI) de vitamina A, contra 220 UI da consumida atualmente, e deve chegar ao mercado em 2014. Pelo visto, se depender da mandioca, Usain Bolt vai quebrar recordes até ficar com os cabelos bem brancos.

Raiz histórica 
O Brasil é a terra natal da mandioca. Do centro do país, o tubérculo se espalhou por mais de 100 nações desde a chegada dos portugueses. Sua importância era tanta nos tempos de colônia que o padre José de Anchieta a batizou como o "pão da terra". Citada na carta de Pero Vaz de Caminha, ela acabou adotada pelos lusitanos. "Não fosse sua presença, a ocupação das terras brasileiras teria sido mais difícil", diz Joselito Motta. Não à toa, o historiador Luís da Câmara Cascudo chamou a planta de a "rainha do Brasil."

Tesouro de nutrientes - o que há em 100 g de mandioca
Calorias (Kcal)......................160 
Proteínas (g) ........................ 1,36 
Lipídeos (g) .........................0,28 
Carboidratos (g) ..............38,06 
Fibras (g) ................................ 1,8 
Cálcio (mg) ............................. 16 
Vitamina C (mg) .................20,6

Matéria publicada no site Saúde Abril

terça-feira, 27 de agosto de 2013

SAIBA MAIS - A Barriguinha pode ser pior do que podemos imaginar.



Cardiologista explica porque a "barriguinha de Chopp" faz mal a saúde. 

Manter o corpo saudável tornou-se uma tarefa difícil na atualidade, segundo pesquisa do Ministério da Saúde, 40% dos brasileiros estão acima do peso.

A obesidade abdominal é um dos fatores de risco para diversas morbidades. Existe dois tipos de gordura abdominal, a subcutânea, que se localiza a frente dos músculos abdominais, e a visceral, que se acumula entre as alças intestinais e órgãos internos como o fígado.

Ambas apresentam riscos a saúde, mas estudos comprovam que a visceral é a mais perigosa. O cardiologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Fúlvio J. Barbato Junior explica os perigos da gordura abdominal e porque ela aumenta os riscos de doenças como a diabetes, por exemplo.

A gordura localizada no abdômen é considerada um fator de alto risco para diversas morbidades e se encontra associada a efeitos deletérios tais como: "Níveis altos de triglicerídeos, baixos níveis do bom colesterol (HDL), resistência à ação da insulina e consequente elevação dos níveis glicêmicos (Diabetes), aumento da gordura hepática, prejudicando a formação de hormônios, vitaminas e substâncias que atuam no metabolismo das gorduras, e também hipertensão arterial como consequência do aumento da viscosidade do sangue são exemplos do que esta gordura pode causar no organismo”, explica o cardiologista.

E completa, “Desta forma, o acúmulo de gordura visceral é considerado um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares como o infarto do miocárdio e o AVC, porque o excesso de gorduras circulantes promovem o espessamento das artérias, com formação de placas de gordura que podem se desprender e obstruir os vasos, esclarece o especialista.

Para saber se a gordura abdominal está comprometendo sua saúde, o cardiologista orienta: “Meça sua cintura com uma fita métrica. Para as mulheres o ideal é que não ultrapasse os 88cm, e os homens 102cm. Caso exceda, existe um risco para desenvolver os males relacionados a este tipo de gordura, e é indicado ficar alerta e buscar a redução por meio de dieta e exercícios”.

Para uma análise completa, a medida do tecido adiposo visceral pode ser medida por métodos de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, porém esses métodos tem um custo elevado, “A medida pela fita métrica calculada no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca é um método simples e confiável”, explica o médico.

De acordo com o cardiologista , o tratamento desta síndrome se inicia com mudanças de estilo de vida, visando à perda de peso, “A dieta deve ser hipocalórica, por exemplo, a Mediterrânea. Com a devida orientação profissional ela libera o consumo de sementes como nozes, castanhas e amêndoas, proteínas animais, carnes magras de peixe e frango, vegetais, evitando carboidratos, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Para quem já apresenta doenças oriundas deste quadro inflamatório, há a necessidade de um tratamento farmacológico para cada enfermidade”, finaliza o profissional.

Matéria publicada em portal Revista Exame

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PARA MULHERES - Atividade física ajuda a retardar o surgimento de varizes



Exercícios Físicos são ótimos para retardar o aparecimento de vasinhos e varizes para quem tem pré-disposição ao problema. 

Muito se fala sobre atividade física e o aparecimento de problemas circulatórios, especificamente o desenvolvimento de varizes, veias tortuosas, alongadas e dilatadas. As varizes podem apresentar complicações, originando manchas, úlceras, hemorragias, erisipelas e eczemas. Contudo, especialistas alertam que a prática incorreta de exercícios físicos é a principal causa no aparecimento do problema. “A atividade física praticada corretamente auxilia na circulação, já que os maiores troncos venosos estão localizados juntos aos grupos musculares. Ao ser contraído, o músculo também contrai as veias subjacentes que, por sua vez, têm válvulas que permitem um melhor fluxo sanguíneo no corpo”, explica o cirurgião vascular, Caio Focássio. Segundo ele, músculos enrijecidos determinam um bom funcionamento do sistema circulatório. Para que o sangue possa voltar ao coração, as veias possuem válvulas venosas que impedem seu refluxo. Caso essas pequenas válvulas falhem, o sangue reflui e causa a dilatação das veias, devido ao aumento do volume sanguíneo. Todavia, os exercícios podem ajudar, e muito, neste retorno do sangue, e assim, evitar o problema. 

Ao menos um terço das brasileiras possui varizes, e para cada quatro mulheres, há um homem com o problema. Para a fisiologista da Curves Academia, Luciana Mankel, o problema atinge grande parte das alunas. “No passado a doença era associada a mulheres com mais de 40 anos e já mães, porém hoje em dia, vejo mulheres mais jovens com o problema. Não é mais uma doença da meia idade”, explica Luciana. “A atividade física ajuda no bombeamento sanguíneo de todo o corpo. É como se a panturrilha fosse o coração da perna, e portanto, é preciso mobilizar, fortalecer e alongar os músculos dessa região para ajudar o retorno venoso”, diz. 

Vale ressaltar que se a pessoa interessada em praticar musculação possuir doenças vasculares no histórico familiar, ou ter alguns vasos varicosos, o profissional de Educação Física deve tomar um cuidado redobrado na prescrição e orientação do treino. Neste caso, recomenda-se uma avaliação médica vascular complementar com um angiologista, que irá indicar a melhor prática física, de acordo com as reais condições de saúde do aluno. “Somente a partir deste diagnóstico e prescrição, o aluno estará assegurado para que os exercícios com sobrecarga sejam executados sem que provoquem o surgimento ou o agravamento das varizes”, afirma Luciana. Além disso, é importante que portadores de varizes de pequeno calibre e que não apresentam insuficiência vascular profunda, utilizem menos carga e executem um número maior de repetições. Isto poderá não favorecer a hipertrofia muscular em curto prazo, porém não irá provocar o agravamento ou o surgimento de novas varizes. 

Combatendo as varizes no dia a dia

Ficar parado ou sentado durante muito tempo pode prejudicar a circulação. Cruzar as pernas, se sentar sobre elas, ficar de pé ou sentado não tem nenhum problema, desde que não seja por muito tempo. O importante é trocar de posição várias vezes ao longo do dia. “Para quem trabalha sentado durante horas, o recomendado é levantar e caminhar um pouco a cada meia hora. O mesmo serve para quem fica muito tempo de pé; é preciso sentar-se um pouco a cada 30 minutos”, alerta o médico. Em caso de viagens longas de ônibus ou avião, é interessante levantar e andar pelo corredor quando possível.

De acordo com Luciana, existem alguns exercícios simples e que ajudam no combate das varizes e vasinhos. Para quem está sentado e não pode levantar, a dica da fisiologista é ficar na ponta dos pés e abaixar o calcanhar por cinco vezes. Na mesma posição, a pessoa pode alongar o músculo com a ponta do pé para cima por 10 segundos. Tirar o pé do chão e fazer movimentos circulares de tornozelo também pode ajudar. O ideal é fazer esses movimentos a cada duas horas. Já para quem fica muito tempo em pé ou pode levantar durante as atividades do dia, o indicado é marchar na ponta dos pés (dez vezes cada perna), além de subir e descer na ponta dos pés. “Levantar para ir até a copa, subir e descer escadas, caminhar um pouco: tudo ajuda. O importante é se movimentar!”, finaliza Luciana. 

Por Jornalismo Portal EF